Acabou-se a campanha...

... agora ide votar:

- em quem vos pareça mais competente,
- em quem julguem estar mais bem preparado para responder aos grandes desafios que se colocam ao país neste momento,
- em quem melhor conduzirá os nossos destinos.

Ou então, deixem-se de peneiras e escolham um dos nossos partidos e pronto!

Constipado pela música...!

Já sei porque não me passa a constipação... é que tenho andado a ouvir Chopin e o gajo era tuberculoso.

Bolas, e às tantas aqueles livros de Júlio Dinis também não me estão a fazer muito bem...

Não escrevo mais porque vou calar o Beethoven antes que fique também surdo!

Doppler gráfico

Vota CDUUUUUUUUUUUUUuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

Para a tua voz ser maior, junta a tua voz , à nossa vooooooooz e vamos cantaaaaandoooooooo


Isto é o que se ouve aqui da janela.... e nada de Menino Guerreiro que a malta aqui do Barreiro ainda lhes mandava PEDRAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas

Can you tell me where this road leads to...?

Hoje escrevo sobre uma imagem. Sobre, não por cima ou em cima, mas acerca. Acerca porque foi a imagem que me deu o mote para o que vou escrever, o leitmotiv para dissertar acerca do sedentarismo, o tipo de partida para o postamento diário e chega de metáforas.

Comecei o dia a remexer nas fotografias de outros anos, remetendo-as para uma estante distante onde a acessibilidade esteja comprometida, enfim, a arrumar as memórias, algo que só faço quando estas estão devidamente aconchegadas e sólidas para se poderem mudar sem se escangalharem.

Ao mirar esta imagem, instantaneamente recordei o que me passou pela cabeça naquela manhã, dentro de um autocarro podre, no meio de nenhures, num deserto onde não chove há pelo menos 1500 anos, ou seja, desde que alguém se lembre.

"Bolas!, onde é que esta estrada vai dar? O caminho parece fácil, sempre a descer e já vamos com um certo embalo, mas parece não acabar... ali à frente há um montinhos mas nunca mais lá chegamos, depois desses, uma cordilheira apresenta-se como intransponível, chiça!, mas isto não tem fim?"

O melhor das memórias é a sua actualidade!

A Doença

Ok, não estou verdadeiramente doente, é só uma constipação, mas chega pra me obrigar a ficar na cama o dia todo a tomar chá e paracetamol, medir a temperatura e ler enquanto a vista não me dói e a febre não volta outra vez.

(Houve um gajo que me linkou...)

Anyway, este estado permitiu-me à partida afirmar que não estou a fazer, dizer ou pensar em nada de inteligente, nem a produzir, quando deparo com um artigo na Única que efectivamente define em pleno o que será isto de não fazer, dizer ou pensar em nada de inteligente.

Sempre dei valor a questões eliminatórias, não completamente desprovidas de racionalidade, muito embora sirvam de base a toda a construção do mundo e mais um sem fim de banalidades (ver definição) que não me apetece, nem tampouco o meu nariz o permite, dissertar acerca.

Sem exemplos não vamos lá (contem histórias, contem, contem, contem,...):

- Eu não seria capaz de viver com alguém que apertasse o tubo da pasta dos dentes a meio, não sei bem porquê, mas acho que é a única coisa na casa de banho que gosto de ver organizada;

- Almoço com qualquer pessoa (vejam bem e vejam só, até com o gajo que me linkou... tss tss) desde que não tenha a unha do mindinho direita comprida. Encaro isso como um ataque, ver ali de perto uma putativa arma, sim, arma!, bastante eficaz em roubar batatas fritas de pratos alheios antes que o visado consiga dizer alto e bom som Carlos Roberto!

- Admirar Santana Lopes e Bush, AO MESMO TEMPO!!!

(Além de me linkar, o gajo ainda me chamou de Barba Ruiva... BARBA RUIVA?!)

Foi isto, caríssimos, que me levantou do choco e me faz escrever estas linhas de consternação e assombro perante a eliminatória falhada... "Oh!, mas temos todos direito a ter opiniões", dirão alguns, e estão certos, concerteza.

Felizmente, opiniões não são conhecimento, clubismo não é inteligência e facciosismo não é racionalidade.

Agora, vou de volta pro quentinho, onde já oiço o Beethoven (o alemão maluco, não o cão babado...).

P.S. 1: A febre dá-me pra estas coisas... liguei a televisão e acho que vi ali um palerma a dizer que a comunicação social está contra ele porque diz que ele não vai ganhar as eleições, alguém confirma?

P.S. 2: A temperatura não me permite encontrar melhor resposta pro gajo que me linkou que isto, mas com o tempo lá chegaremos... ;-)

Quem disse que não aprendemos a lição?

Corre por aí a ideia de que os alunos são necessariamente menos espertos que os professores. Se é verdade que estes estão lá pr'aprender, não é menos verdade que os outros estão lá pr'ensinar!

Descontada a óbvia clivagem de conhecimento que torna necessária e justifica a existência de uma aula, cada um (docentes e discentes) terá as suas crenças, o seu modo de ver o mundo, a sua visão própria e enfim, as suas manhas.

Bem, vem tudo isto a propósito de uma discussão de ideias que por pouco não se tornava num duelo épico, remetendo para o esquecimento Teblitz, onde Goethe e Beethoven se encontraram, e ficando aquém da discussão de Popper e Wittgenstein apenas por não terem sido usados objectos contundentes!

Agora a surpresa: dias volvidos, a revelação! Um dos arguentes capitula, rende-se à crua evidência de que a resposta não é que buscamos, mas a dúvida, renuncia ao determinismo, enveredando pela explicação holística, bebendo directamente da taça vanguardista da investigação sem respostas, dos finais invariavelmente inconclusivos... que desde que acabou a saga do Senhor dos Anéis não se viam!

Aqui fica a transcrição que não me deixa mentir: