Esparsos e parcos apontamentos

quarta-feira, dezembro 29, 2004

A ignorância

À medida que aumento os meus conhecimentos, maior se torna a fronteira com o desconhecido e logo cresce desenfreadamente a minha curiosidade por tudo o que não sei,história ou relações internacionais, clássicos da literatura e filosofia, e um sem fim de assuntos que gostaria de explorar cuidadamente.

Hoje dei um passo em frente, admitindo irremediavelmente a minha imensa ignorância, comprei um livro de receitas, um breve compêndio, um simples resumo de cultura.

Subtitulado "Tudo o que é preciso saber", o livro resume efectivamente os grandes marcos da História, do Grécia à actualidade, passando pela génese do Cristianismo e pela formação da Europa.

Noutro capítulo, em que residem as verdadeiras novidades para mim, o autor escreve sobre as principais ideias de filósofos, e lá vou eu ficar a saber, finalmente, o que disse Bacon diferente de Leibnitz, Heidegger de Popper e por aí.

O melhor do livro, e única parte que já li atentamente, é a lista de livros para ler e para ir lendo, afinal a fonte de cultura necessária para a elaboração do resumo que, mesmo sabendo que o tosco e néscio povo diz que o saber não ocupa lugar, devem certamente encher uma estante como a que é exibida na capa.

Em vez de ler, tornar-me um intelectual, treinar em frente ao espelho, papaguear frases feitas sobre tudo e nada, ensaiar a ocasião perfeita para citar alguém que a maioria não conhece, logo inquestionável, tomarei o volumoso Cultura como um início, uma pequena cábula para explorar posterior e definitivamente os assuntos cuja ignorância tanto me atormenta.

terça-feira, dezembro 28, 2004

Malhamos?

Olha, queres vir ver o Malhação comigo? Tens que ser pontual que só dura 20 minutos mas se o Gustavo beijar a Letícia temos o dia feito.

terça-feira, dezembro 07, 2004

No Paraíso

Acabo um livro e na última página a novidade, Adão e Eva, na meia idade e cansados, com filhos criados e os filhos destes criados e já incapazes de criar os filhos dos filhos dos filhos, terão pensado em separar-se, seguir cada um as suas vidas, morrer longe.

À falta de melhor companhia teriam tomado conjuntamente a decisão, como aliás já era hábito, de permanecerem juntos, cuidarem um do outro, suportarem a rabugice mútua e própria da idade. Terão chamado a isso Amor!
Quero-te, Eva, muito!
Há muito tinha lido que o pecado original só teria surgido quando Adão deixou de fazer amor com Eva e passou a ter prazer só para ele.

Pessoalmente, agrada-me a ideia de ter sido ele próprio a convencer Eva a morder a maçã, vejo-a a defender a maça mais que a defender-se a si própria dos avanços do Adão... imagino que ela a terá mordido antes de um climax, mesmo a tempo de a roer toda antes de explodir a gritar para todo o Éden e ter a revelação de Deus nesse orgasmo.

Será isto o Amor, explodir em revelações importantes (Multiplicai-vos!), sentir uma trovoada dentro de nós e envelhecer, deixar passar o tempo na certeza de tudo estar bem e não haver outra forma para estar?

Entro na sala de cinema e saio a ver o mundo a cores, um lindo prado, um casal apaixonado e penso no Éden... o Paraíso é onde estamos e de nós depende unicamente!

São Paulo, 02.IX.2003

quinta-feira, dezembro 02, 2004

Amanhecer

É para aqui que os meus olhos se dirigem quando acordo, mas só te vejo a ti!



Bom dia!