A ignorância
À medida que aumento os meus conhecimentos, maior se torna a fronteira com o desconhecido e logo cresce desenfreadamente a minha curiosidade por tudo o que não sei,história ou relações internacionais, clássicos da literatura e filosofia, e um sem fim de assuntos que gostaria de explorar cuidadamente.
Hoje dei um passo em frente, admitindo irremediavelmente a minha imensa ignorância, comprei um livro de receitas, um breve compêndio, um simples resumo de cultura.
Subtitulado "Tudo o que é preciso saber", o livro resume efectivamente os grandes marcos da História, do Grécia à actualidade, passando pela génese do Cristianismo e pela formação da Europa.
Noutro capítulo, em que residem as verdadeiras novidades para mim, o autor escreve sobre as principais ideias de filósofos, e lá vou eu ficar a saber, finalmente, o que disse Bacon diferente de Leibnitz, Heidegger de Popper e por aí.
O melhor do livro, e única parte que já li atentamente, é a lista de livros para ler e para ir lendo, afinal a fonte de cultura necessária para a elaboração do resumo que, mesmo sabendo que o tosco e néscio povo diz que o saber não ocupa lugar, devem certamente encher uma estante como a que é exibida na capa.
Em vez de ler, tornar-me um intelectual, treinar em frente ao espelho, papaguear frases feitas sobre tudo e nada, ensaiar a ocasião perfeita para citar alguém que a maioria não conhece, logo inquestionável, tomarei o volumoso Cultura como um início, uma pequena cábula para explorar posterior e definitivamente os assuntos cuja ignorância tanto me atormenta.
1 Comments:
Hey, meu amigo Tiago!!
D'Além mar o Manoel lhe fala: a ignorância é um mergulho na felicidade.
(mas leia, é excelente ler, sobretudo bons textos...)
Grande abraço brasileiro (ou seria melhor "abraço baiano"? rsss)
Manoel
(www.meuescandalo.blig.ig.com.br)
4/1/05 17:52
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