Velocidades
Quando que leio a contracapa de um romance escrito por uma mulher, reparo que a promoção assenta invariavelmente na alegada descrição exemplar e única do universo feminino.
Ou tenho andado a usar os WC errados há anos ou o suposto universo feminino pode ser também masculino, ou melhor, assexuado, humano e não é mais do que justamente um universo de sensibilidades e emoções unissexo.
Nestes sete melancólicos contos, Rebecca Miler constrói os percursos, vivências e desventuras de sete mulheres desenraizadas, plenas de erotismo, ambição, vontade de de crescer, de sair, de extravasar os seus frágeis corpos, tudo descrito com uma simplicidade desarmante.
"Todos temos a nossa própria velocidade pessoal", diz um pai à filha que vinga no trabalho depois de anos de mediocridade, é o mote para as mudanças que as protagonistas sofram e desejam.
2 Comments:
oh, mas ainda não leste nada da Lucia Etxebarria?
19/1/05 00:29
Nem por isso!
20/1/05 23:23
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