Esparsos e parcos apontamentos

segunda-feira, janeiro 29, 2007

até já.

viagens > para quem ainda não ouviu dizer, estou a mudar-me para a holanda e nos próximos quatro anos será por lá bem mais provável um encontro. lisboa está e estará sempre presente pelos locais, pelas pessoas, pelas estórias e é o destino certo de tempos livres. não são essas as razões da mudança que faço com um sorriso nos lábios e sempre confiante

contactos > os de sempre, aqui e além onde se faça contacto

até já.

de saída

continuo a não gostar de despedidas mas antes que a memória me atraiçoe aqui deixo o apontamento da saída junto com a imagem que contemplo no preciso momento que me ocorrem as ideas que aqui registo.

tirada durante o verão no alto da neura da incerteza.

“o reduzido tempo que tive para empacotar alguns dos meus mais importantes haveres não me preocupa, sei que me esqueço de algo e não vale a pena dar outra revisão nas gavetas, sei que não posso levar tudo, não haveria malas suficientes para te transportar comigo”, disserto entre duas baforadas. penso em ti e mais ainda no que não fomos, quando não temos datas, o tempo é eterno, de repente, depois de uma marca no calendário, tudo se aproxima numa vertiginosa convulsão que deixa o gosto amargo da saudade do que se não viveu.

parece que não estou a ir pra lado nenhum sabendo que viverei a próxima semana em terra de ninguem, no turbilhão da mudança com pouso em hotéis, no limbo da residência com uma mochila como bagagem.

mas é sempre assim, no minuto em que caminhamos para o incerto futuro pensamos e repensamos o que fazemos e decidimos por segundos nada avançar. eu deixo-me ir, de bilhetes electrónicos em punho e reservas de hotéis em cidades estranhas espero dormir descansado algures no tempo, ter esse merecido descanso de dias a fio sem ocupações ou pensamentos. na verdade, sei que isso não vai acontecer, que descansarei fugazmente num qualquer barco ou avião, talvez enquanto corro ou antes de chegar a comida.

de saída estou e desta vez com a incerteza do regresso ditada pelo horizonte temporal que me é proposto. em breve publico as coordenadas para que possam lá aterrar em segurança.

para já a aproximação faz-se pela holanda.

espero-te lá. ou por outros lugares.

quarta-feira, janeiro 24, 2007

a voz.

uma das grandes questões que sempre se me coloca quando me deito e pretendo dormir é a de escolher com que música quero acordar.

voltar à vida de manhã depois dum merecido descanso não é coisa para encarar de ânimos ligeiros e a aleatoriedade da canção despejada brutalmente pelo meu despertador radiofónico no silêncio do meu repouso não é porventura a melhor opção para tão excelso momento.

sem dormir.
augustíssimo seria esse momento se pudesse decidir da canção... posso pôr algo em repetição indefinida mas acabaria decerto por apanhar a canção a meio, correndo também o risco do meu pobre aparato se cansar da melodia repetida na sua digital memória e desatinar na entrega atempada e na velocidade certa pela manhã.

melhor mesmo é ficar aqui, acordado, esperar até ser de manhã para pôr a tocar a canção que não páro de ouvir na minha cabeça.

a tua voz.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

under the avalanches of sillyness.


never saw anything so so so so... i'm speechless.