Esparsos e parcos apontamentos

domingo, setembro 11, 2005

Dia de Trabalho

Acordei de manhã hoje, domingo, e nem sequer sabor a papel de partitura tinha na boca. "Curioso", pensei. Procurei na parte interior da minha roupa de ontem e nem sinal de manchas coloridas ou de insectos esmagados. Voltei ao leito, vasculhei e tudo parecia normal, não havia ninguém desconhecido na cama, os lençóis exibiam uma cor uniforme, sem manchas, odor regular.

Vi-me ao espelho. À parte da expressão bovina de quem está prestes ver um par de cornos a rebentar pela testa alinhados com umas orelhinhas irrequietas para enxotar as moscas, tudo parecia embebido numa normalidade que creio estranha num domingo.

Fui ao carro. Não havia lixo lá dentro, os bancos da frente efectivamente em posição de condução, o banco de trás seco. Da parte de fora, nem um farolim partido.

Testei o rádio mesmo a tempo de ouvir que o céu estaria "pouco nublado em todo continente com possiblidade de chuvas no interior, temperatura máxima 23ºC".

"Que me interessa o calendário, hoje só pode ser dia de trabalho", disse alto.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Maluco!
Beijinhos, Cristina

11/9/05 21:25

 
Blogger Coroneu said...

ò meu caro, muitos parabéns!

20/9/05 16:01

 

Enviar um comentário

<< Home