Esparsos e parcos apontamentos

sexta-feira, novembro 17, 2006

não ponho dinheiro no telemóvel por convicção.

mando mensagens pela internet, telefono quando calha (quando por acaso me esqueço das promessas e lá carrego o infame cartanito) e acho que a minha vida social não tem diminuído.
por exemplo, hoje vou directo para casa, cozinhar para mim, comer sozinho em frente à televisão (que sempre faz companhia) e depois deitar-me cedo à espera que o canal 18 este fim de semana lá dê umas borlas.
'tá tudo normal.

p.s.: estão todos convidados, eu tenho muito canais, ok? apitem prò telemóvel antes de aparecer! té jazz.

quarta-feira, novembro 15, 2006

it's coming.

para quem ainda não levou com ela...!

sexta-feira, novembro 10, 2006

friday afternoon, nothing to do.




Your Brain is 60% Female, 40% Male



Your brain is a healthy mix of male and female

You are both sensitive and savvy

Rational and reasonable, you tend to keep level headed

But you also tend to wear your heart on your sleeve

rolar no palheiro.

Olhas-me bem romeira
Com esses olhos de malícia
Oh é esse andar romeira
Bem sabes que é uma delícia

Pousa esse olhar em mim romeira
Porque já amanhã me vou
Se quiseres pelo fim da feira
Todo o meu sono te dou

Esse teu sorriso tão matreiro
Ai quem me dera a mim
Rolar contigo num palheiro

Esse teu seio é um braseiro
Essa boca viva de romã
Teu pescoço teu traseiro
Oh por eles não ía amanhã

Pegaste em mim tão brejeira
Lá para trás dos olivais

E por esse teu jeito romeira
Não me fui daqui jamais

Esse teu sorriso tão matreiro
Ai quem me dera a mim
Rolar contigo num palheiro

Rui Veloso Ar de Rock (1980)

Não sei porquê, mas esta música na minha cabeça soa sempre em termos pipianos: escangalhei tranca saloia :-D

Bom fim de semana.

P.S.: hoje no Pavilhão Atlântico o Rui comemora ao vivo os seus 25 anos de carreira a trocar o vês pelos bês. chico finicho rules.

quinta-feira, novembro 09, 2006

being fabulous is forbidden by god's word.

and so is watching will and grace or eating brunch with non-christians.

hoje no autocarro.

Tanto que já estava à venda que eu fui comprar. Estiquei a minha hora de almoço e fui daqui à baixa, entro na livraria, escolho um espécime do livro em bom estado, e começo de imediato a ler em papel os textos em que já tinha dado uma diagonal vista de olhos na caminho de volta. Na carruagem de metro esparsamente povoada, a minha leitura não deve ter provocado mais reacção na multidão além do rosa forte da capa.

No regresso a casa, no meio da massa humana enlatada dos autocarros lisboetas a situação foi porém bem diferente. Depois de me deleitar com o Curriculum Sexuae ou com o Onanismo, eis que chego ao post/crónica NÃO MATEM O BROCHE, tal e qual assim escrito, em garrafais letras. Na densa multidão, pouco será o esforço para ler algo que o vizinho leva nas maõs, mais ainda se o leitor (eu, para quem está desatento) for com um ar bem disposto e de quem se está a divertir com a descoberta do livro.

Levanto a cabeça e vejo que duas senhoras ao meu lado ostentavam por essa altura um semblante carregado que inconscientemente ignorei quando lhes sorri. O meu inadvertido e irresponsável sorriso nada teve de sacanice e muito menos foi sexual, foi antes um grito de cumplicidade por ter sido apanhado a ler aquilo que muitas mulheres dizem e sentem (esperemos!) mas só alguem teve a sensatez de pôr no papel. (atente o leitor que não falo em coragem, é de facto mais sensato que corajoso partilhar desta forma algo que faz falta ao conhecimento do homem regular.)

Agravei-lhes o sofrimento, dei-lhes a estocada final que precisavam para chegar a casa e dizer que a juventude, afinal, são todos uns porcos!

Saí de imediato e cruzei a Baixa com o olhar perdido entre as brumas dos assadores de castanhas. Pela primeira vez citei Sissi:

“O sexo pode ser porco mas nunca deve ser feio.”

quarta-feira, novembro 08, 2006

ontem no barco.

Atão o barco nunca mais chega? Aí as janelas todas fechadas, não se pode respirar cá dentro, é uma pouca vergonha, uma pouca vergonha, de manhã então, iiiiiih, não se pode ir cá dentro, Não! Se! Pode!

É, agora chego a casa e tenho sopa de feijão, nada de pizzas, pfaaaaa, eu gosto é de caras de bacalhau, pois. Deixa-me cá pedir uma água com gás senão vocês ainda pensam que eu estou cos copos, mas naaaaaão, ando aqui a trabalhar desde as 8 da manhã, qu’é que vocês julgam?! Agora chego a casa e tenho lá sopinha de feijão que eu cá não gosto de pizzas, que porcaria!

Atão isto agora abana?! Ooooh láaaaa.

Pizzas? Pfaaaaai, eu como é mas é caras de bacalhau, isso é que é, aliiiii, cheias de aaaalho e azeite. Agora, pizzas?!

Eu tenho sorte ca minha mulher também gosta, casei tarde, já tinha quarenta (ela não) e tive sorte na mulher, agora chego a casa, tenho lá sopa de feijão à espera.

Depois um gajo a comer pizzas, volta e meia, tem que ir tirar sangue, ‘tás a compreender? E eu tirar sangue, tommmmmmmmmmmmaa lá disto, arre que da última vez queriam-me cá pôr uma seringa pra cavalos, chiiiiiiiiiça.

terça-feira, novembro 07, 2006

já à venda.

"Eu acho alguma piada aos mitos urbanos e frases feitas. Como faço parte da tribo do verbo ir, o meu chavão favorito é «se a montanha não vai a Maomé, Maomé vai à montanha». E a minha mentira favorita tem duas palavrinhas apenas: orgasmo vaginal."

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